OPORTUNIDADE DE RENDA EXTRA

Páginas

ACREDITE SE QUISER O MUNICÍPIO DE IPOJUCA TEM O 2º PIOR IDH DO ESTADO.

16 de mai. de 2011

Ipojuca: PIB per capita maior que o dos EUA e IDH menor que o do Sri Lanka

Por Carlos Cardoso Filho, Auditor Tributário do Ipojuca e Integrante da Associação Pernambucana dos Fiscos Municipais – APEFISCO


A 55 Km do Recife e com uma população de apenas 80.500 habitantes o Município do Ipojuca tem tudo para ser um dos melhores lugares para se viver em Pernambuco e no Brasil, mas, infelizmente, não o é.

Bem servido pela natureza com recorte litorâneo que proporcionou a instalação do Porto de Suape e de tudo que nele funciona e produz riquezas, e possuindo as mais belas praias do Brasil, como por exemplo, Porto de Galinhas, Serrambi, Muro Alto e Cupe, Ipojuca tem os atrativos mais procurados tanto por brasileiros quanto por estrangeiros do mundo inteiro.

Com a segunda maior movimentação econômica de Pernambuco, só menor que a do Recife em valores nominais, porque quando se faz a conta proporcional, Ipojuca deixa todos os demais municípios pernambucanos bem para trás economicamente, o PIB per capita ipojucano é de R$ 84.405,26. O segundo é do Recife que é de R$ 14.485,67.

O PIB per capita indica o volume de riquezas que é gerado no território de determinado lugar dividido pela população ali existente. O do Município do Ipojuca (R$ 84.405,26) chega a ser 8,6% maior que o dos Estados Unidos da América (em dólares US$ 46.300,12, que em reais vale R$ 77.714,55, pela cotação do câmbio de 1 dólar para 1,68 reais).

Sob uma atmosfera de enorme crescimento econômico e grande geração de riquezas, o cidadão ipojucano amarga um dos piores IDHs do Estado. Na Região Metropolitana do Recife - RMR, o rico Ipojuca apresenta o penúltimo IDH (0,658) que só consegue ser um pouco maior que o IDH do pobre Município de Araçoiaba (0,637).

O IDH é o índice que mede o desenvolvimento humano de cada lugar, com base na expectativa de vida ao nascer e na educação, por exemplo. O IDH do Ipojuca, contraditoriamente à sua força econômica e pujança, é igual ao do Sri Lanka, país pobre do continente asiático que conta com um PIB per capita de apenas R$ 6.546,15. Ou seja, a qualidade de vida no município do Ipojuca é comparada à de um pobre país asiático (Sri Lanka) que produz riquezas à razão de apenas 7,7 % do que é produzido em solo ipojucano.

Se a economia do município é forte, a receita pública local não fica para trás. O valor que a Fazenda Pública do Ipojuca arrecada com os tributos municipais proporcional à população local é de R$ 905,80 por ipojucano, e é o maior do Estado de Pernambuco. A segunda receita arrecadada por habitante fica com o Recife e é de apenas R$ 467,04.

Como não faltam recursos financeiros à disposição do município, por que razão Ipojuca continua prestando maus e insuficientes serviços públicos ao seu povo?

Será que é por conta de orçamentos que priorizam gastos em atividades-meios(consultorias, assessoriais e publicidade), em detrimento de investimentos em atividades-fins, a razão de não se priorizar os serviços públicos essenciais?

Certamente, a inquietude diante desse paradoxo e o grito dado através dessas palavras residem no fato de não ter me acostumado - durante os 16 anos em que exerço o cargo de auditor tributário - a ver o nosso Ipojuca como perdedor oficial. Deve ser a força da expressão da natureza que insiste em brilhar nessa terra ipojucana e a beleza de seu povo que me tenham dificultado aceitar os enormes e gritantes contrastes que aqui tive a tristeza de relatar.

No Ipojuca, temos ótima gente, as melhores praias do Brasil, e um porto geograficamente bem localizado e com calados (distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio) de aproximadamente 15,5m na parte interna e 20,0m na parte externa. Ou seja, podemos receber turistas do mundo inteiro, e podemos atracar enormes navios. Mas o nosso grande desafio ainda é ter um governo municipal que garanta ao ipojucano o que é de Ipojuca: sua riqueza. Porque pior que querer fazer e não poder é poder fazer e não querer.

Nota de Miguel Sales

Caso permaneça assim o descaso em Ipojuca, determinados e fortes seguimentos políticos e empresariais já articulam um novo projeto, em termos refinados e antecedido de consultas jurídicas, visando transformar Suape e seu entorno, em um distrito estadual, suprimindo, ademais, grande área do território de nosso município, que cada vez mais se queda desamparado e na vala dos estreitos e largos que conduz ao descaso com o dinheiro e o serviço público.

Suape, transformado em distrito estadual, só quem tem a perder são as ipojucanas e os ipojucanos, pela a ação ou omissão das sucessivas administrações de Ipojuca. Se esta fosse uma cidadezinha de um interior qualquer, já tinha havido cassação de mandato dos seus governantes ou intervenção municipal.

Compreenda, então, porque alguns atuais gestores estufam o peito e dizem: “Conosco nada ocorre, porque somos blindados.” Blindados, por quê? Sabemos, mais quais são as pessoas ou instituições que oferecem lençóis tão grossos para acobertar os sucessivos atos que atenta contra o erário municipal. 


                                                                                                                   fonte: blog-miguel sales.

0 comentários:

Postar um comentário

 
PORTO DE PEDRA | by TNB ©2010