A Ilha de Santo Aleixo, localizada no municipio de Sirinhaém que fica a trinta minutos de barco da Barra do Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, pode virar um resort de luxo até a Copa de 2014. O empresário Luciano Bivar, presidente da Companhia Excelsior Seguros, está analisando o potencial receptivo do terreno, que tem 36 hectares, e pode fechar a compra ainda nesta semana. O valor da negociação não foi divulgado. Atualmente, a ilha pertence a tradicional família Menezes, que costuma alugar a área para hospedagem particular.
Formada por rochas vulcânicas e rica vegetação atlântica, o local possui uma casa com quatro quartos que acomoda até 10 visitantes. Ela também é o destino preferido dos praticantes do mergulho com snorkel no estado. A média de diária cobrada atualmente é de R$ 1,2 mil por pessoa. Caso abrigue um resort, a ilha poderá receber até 10 vezes mais turistas.
O formato do hotel que deverá ser construído no local, porém, ainda não foi definido. “Estamos analisando a documentação necessária para a compra da ilha, mas ainda não temos nenhum projeto para o uso do espaço. Como é um espólio (bens nas mãos de herdeiros), o processo de negociação é mais demorado. Se realmente finalizarmos a compra, vamos fazer um estudo da área e definir qual será a ocupação mais interessante”, explica Luciano Bivar Filho. Vale lembrar que a companhia da família Bivar também será responsável pela construção de um hotel de luxo e um centro de convenções no Porto do Recife.
Para José Otávio Meira Lins, coordenador da Câmara Empresarial do Turismo, a novidade é uma prova que grandes empresários locais estão apostando no potencial turístico do estado. “Acho ótimo. A ilha é linda e pode receber um resort muito charmoso, para poucos hospedes que queiram maior privacidade e contato com a natureza. Um empreendimento desse tipo, se for construído de forma sustentável, pode elevar o status de Pernambuco como receptivo de luxo no Brasil”, comenta.
Ainda de acordo com Meira, na ilha é possível, inclusive, explorar a energia eólica e solar, uma vez que a disponibilidade de eletricidade é escassa. “É preciso um bom projeto para viabilizar também a água, mas com a tecnologia que temos hoje, tudo é uma questão de boa vontade e isso a família Bivar com certeza tem. Para o estado, é mais um atrativo que pode gerar novos empregos.”
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