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A.M.P.P. - NOTÍCIAS - Porto de Galinhas: uma grande feira à beira-mar

18 de jan. de 2010

Do Jornal do Comércio.

   Uma grande feira. Foi assim que o professor carioca Jorge Siqueira definiu Porto de Galinhas, em Ipojuca, em apenas vinte minutos de permanência no local. O turista que saiu com a esposa do Rio de Janeiro para conhecer o litoral nordestino ficou impressionado, ontem, com a quantidade de barracas e camelôs na praia mais famosa do Litoral Sul de Pernambuco.

Não era para menos. Mesmo num dia nublado, com movimento inferior ao das manhãs e tardes ensolaradas do verão, a disputa por clientes era grande nos poucos metros entre a areia e o mar. “Comparo com Búzios (RJ), que cresceu demais e tem muito comércio”, analisou Jorge, colocando na mesma balança fama, beleza natural e movimento desordenado.
Ele chegou à praia por volta das 11h. Lá estavam barracas improvisadas, com preparo de alimento ao ar livre, utilizando bujão de gás e água em balde e barril. Entre o território de um barraqueiro e outro, ambulantes com carrinhos transitavam de um lado a outro, vendendo caldinho, queijo assado, camarão, coco e muitas outras coisas. Passavam vendedores de chapéu, de frutas, de bebidas, de picolé e de muito mais. Havia até placa em poste na areia, na beirinha do mar, indicando o ponto de venda de kit para mergulho.

Banhistas com mais tempo de praia tinham um repertório de queixas. “Você pode dar licença para eu colocar minhas cadeiras”, ouviu a turista Norma Santos, do Mato Grosso. Há uma semana em Porto de Galinhas, ela elogia as belezas do lugar, mas demonstra insatisfação com o uso abusivo da praia pelo comércio. Conta que estão cobrando consumação mínima de R$ 60.

Ambulantes nativos, como o vendedor de coco Luiz Araújo, confirmam o aumento da concorrência, inclusive de camelôs vindos da área Norte do Grande Recife, como Itapissuma e Itamaracá. “Só deveria trabalhar aqui que é do município”, sugere.
Betânia Maria Silva, que mantém barraca há mais de dez anos na praia, é favorável à organização do comércio e esclarece que só cobra R$ 5 pela cadeira. Quem senta e consome petiscos não paga pelo móvel. “Tiramos daqui o sustento da nossa família sem qualquer ajuda do governo. Cada cadeira compramos a R$ 80 e o guarda-sol custa R$ 500. Tem banhista que passa o dia inteiro sentado e nada consome, nos pagando apenas R$ 5. É justo?”, argumenta. Ainda segundo ela, os petiscos às vezes ficam mais caros porque os garçons acrescentam um valor à tabela. Eles não são contratados pelas barracas, mas ganham comissões dos barraqueiros. “Muitas vezes, vendo o prato com desconto, para tirar a comissão na bebida, que tem preço menos”, defende-se José Amaro Santa

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