A maioria das propostas foi voltada para a área do interior, de onde o colegiado tem recebido muitas reclamações de aumento da criminalidade.
“É preciso estarmos atentos à migração da criminalidade, pois temos visto municípios que eram pacatos, como Lagoa de Itaenga e Tracunhaém, apresentarem índice de violência crecente, observou Terezinha Nunes, presidente da comissão.
A questão da migração foi tratada, inclusive, dentro do Recife.
“Tenho um posto de gasolina na Av. Norte há mais de 25 anos e, no momento em que o Pacto avançou, verificamos um aumento absurdo do número de assaltos”, declarou o comerciante José Aquino. “Passamos de uma ocorrência por ano para 26 só neste ano. Estou sendo obrigado a pagar R$ 3 mil por mês em segurança privada”.
O deputado Augusto Coutinho voltou a cobrar transparência nas informações sobre o programa, para que a sociedade possa acompanhar os índices de criminalidade. E a deputada Miriam Lacerda denunciou que, das 12 viaturas enviadas para o Agreste, sete estão paradas, e as delegacias continuam não funcionando à noite na região.
Integrante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Wilma Melo lembrou que participou da elaboração do Pacto, mas criticou que as entidades não estão mais sendo ouvidas sobre a continuidade das ações. “Está havendo muito investimento na área punitiva, mas nada se avançou na humanização, sobretudo no sistema prisional. Sugiro que esse tema seja avaliado à parte”, afirmou.
Fonte: Blog do Jamildo
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